sexta-feira, 28 de março de 2014

NASCE OS GAVIÕES DA FIEL - O Grêmio Gaviões da Fiel foi fundado em 1º de julho de 1969, porém sua ideologia começou a ser pensada antes. Em 1965, jovens Corinthianos se reuniam nas arquibancadas com o objetivo de questionar a vida política e administrativa do Corinthians.  Como ainda não possuíam uma sede definitiva, os integrantes reuniam-se em locais distintos, ora na casa de um, ora no consultório de outro, ora numa praça pública. Este grupo se destacava pela paixão ao clube e por possuir características idealizadoras e realizadoras.  A fundação dos Gaviões, em 1º de julho de 1969, ocorreu num momento dramático e marcante para os brasileiros: a ditadura militar. Numa época em que a liberdade de expressão praticamente não existia, estes jovens torcedores iniciam uma cobrança junto a vida política e administrativa de um dos maiores clubes de futebol do Brasil, o Sport Club Corinthians Paulista.  O Corinthians estava sob a administração de Wadih Helu, que durante anos tentou impedir a criação dos Gaviões através de represálias e atos característicos do tempo da ditadura. Esta perseguição não foi o suficiente para fazê-los desistir e aos poucos foram amadurecendo suas ideias. "Já haviam decidido que no nome da agremiação deveria conter fiel, pois assim já eram conhecidos os torcedores do Corinthians que, mesmo após 15 anos sem ganhar um título sequer, levava multidões ao estádio".  O Gavião foi escolhido como a ave-símbolo da torcida, por suas características marcantes: voa mais alto, enxerga mais longe, não erra a presa, não possui um predador natural, etc) e por influência da história de uma tribo indígena que na época estava em muita evidência. "A tribo Gaviões vivia no Pará e no final da década de 60, muitos grileiros e posseiros, prevendo a valorização das terras da tribo, com a construção da Rodovia PA 70, passaram a invadi-las. Os índios gaviões reagiram tão violentamente que um trecho ao longo da PA-70 teve que ser interditado pelo Exército, pela FUNAI, Governo do Pará e Polícia Federal até que os gaviões aceitassem sair das terras em volta da Rodovia".  O que era apenas uma utopia de jovens apaixonados e com pensamentos revolucionários se transformou em realidade: nasceu os Gaviões da Fiel. Porém, a perseguição dos gestores do Corinthians não acabou. Foram muitas as tentativas de eximir as ideias destes jovens.  No entanto, em 1972, a chapa de Wadih Helu perde a eleição para Miguel Martinez, que assumiu o comando do Corinthians. Os Gaviões da Fiel escreve um fato inédito em sua história: a derrubada de um ditador à frente do Corinthians.  Miguel Martinez, mesmo tendo sido apoiado pelos Gaviões da Fiel, tentou influenciar seus fundadores, afim de que eles não pressionassem a nova administração do clube e não colocassem em prática algumas de suas ideias. Neste momento - julho de 1971 - os Gaviões passam por sua primeira crise política, um dos fundadores aceita a proposta do Corinthians e sai dos Gaviões para fundar uma outra torcida. Como tudo o que envolve o Corinthians e a paixão de seus torcedores, os Gaviões da Fiel se agigantou e se multiplicou, assumindo rapidamente o posto de maior torcida organizada do Brasil.  A atitude destes jovens começou a incomodar cada vez mais, principalmente quando os Gaviões da Fiel se manifestaram publicamente contra a ditadura militar, abrindo uma faixa em uma partida no Morumbi pedindo: "Anistia ampla, geral e irrestrita". Tal atitude levou o então presidente dos Gaviões da Fiel à cadeia, pois foi a primeira entidade a se manifestar publicamente contra o regime militar. Atualmente, o grêmio possui 92.932 mil sócios (em 30 de julho de 2011), que compartilham da ideologia Gaviões da Fiel.

http://www.organizadasbrasil.com/torcida/GAVIOES-DA-FIEL-TORCIDA-35.html

quinta-feira, 27 de março de 2014





TORCIDA JOVEM AMOR MAIOR - PONTE PRETA 1969 - A Primeira Torcida Jovem do Estado de SP. Um grupo de jovens torcedores apaixonados pela Associação Atlética Ponte Preta, estudantes da Escola Villagelim no bairro Proença em Campinas-SP, decidiram se juntar nos jogos para apoiar a Ponte Preta, esse grupo de adolescentes comandado por Maurício Lombardi, Sidnei Antônio Verginelli, Laércio Ferreira de Freitas e Pedro Bonfilho Zini Neto, formaram um grupo com cerca de 60 pessoas e se encontravam em frente ao Estádio Moisés Lucarelli, no conhecido Bar do Nico, um ponto de encontro para os pontepretanos assistirem aos jogos e conversarem os assuntos em comum da nega-véia. A partir do mês de março, idealizaram a formação de uma Torcida Organizada, da qual o primeiro nome escolhido foi Força Jovem, comandada por Maurício Lombardi e fundada oficialmente no dia 23/03/1969. Ao fim do 1º semestre, quando a A.A.P.P. estava disputando o quadrangular final de acesso a 1ª Divisão e conquistou o título, este grupo cresceu muito, começando a fazer camisetas personalizadas e também eram utilizados lençóis de suas residências para a confecção de faixas e bandeiras fabricadas pelos próprios integrantes. No 2º semestre, com um grande número de integrantes iniciou-se uma discussão a respeito do nome da Força Jovem, e com este debate ficou decidido pelo consenso entre a maioria que o nome seria mudado para Torcida Jovem, sendo assim a 1ª Torcida Jovem do Estado de São Paulo. Em janeiro do ano seguinte, houve uma reunião para a organização geral da torcida, com eleição de cargos de confiança e apresentação da primeira ata. Foram eleitos: o 1º presidente, Sidnei Antônio Verginelli, vice-presidente, Maurício Lombardi, secretário Pedro Bonfilho Zini Neto e o tesoureiro Laércio Ferreira de Freitas. Esta nobre diretoria organizou também o cadastramento dos associados que iniciou com a 1º ficha de sócio com Ana Custódio (Nininha), conhecida como ‘’Donana’’, e sabe-se que após 30 dias eram mais de 400 associados já cadastrados. A diretoria executiva da A.A.P.P., tendo o seu presidente o Sr. Sérgio Abdalla, deu total apoio à Torcida Jovem, que daí em diante, passou a ser um verdadeiro patrimônio da A.A.P.P, seus associados também começaram a fazer parte do quadro do Conselho deliberativo da A.A.P.P, e com isso participantes ativos da vida política da nossa Associação Veterana. Década de 70 - Glórias dentro e fora de campo Se dentro de campo a Ponte Preta viveu uma de suas melhores épocas, revelando grandes craques ao futebol brasileiro e sendo vice-campeã Paulista da 1ª divisão em 1977 e 1979, fora de campo se fortalecia ainda mais com a sua enorme torcida, maioria absoluta na cidade, invadindo todos estádios da Capital e do Interior a torcida pontepretana se consolidou nesta década como uma torcida apaixonada e fanática. O então presidente da diretoria da A.A.P.P., Sr. Lauro Moraes Filho, autorizou a utilização de uma sala nas dependências do Estádio Moisés Lucarelli, para sede da Torcida Jovem constatando em ata oficial do conselho deliberativo, realizavam-se todas as semanas a famosa Boate Jovem no Salão Nobre do Estádio Moisés Lucarelli, onde foram formados diversos casais pontepretanos que até hoje lembram com carinho dessa época. A Federação Paulista de Futebol organizou um concurso de torcidas organizadas, no qual as mesmas deveriam ser registradas em cartório com o número de CGC. A partir daí, a Torcida Jovem foi registrada oficialmente nos órgãos políticos e este concurso obteve inscrição de 12 torcidas organizadas no Estado. Ainda nesta década, a empresa Coca-Cola fez uma promoção de recolhimento de tampinhas, onde a torcida recebia em troca bandeiras com escudo da A.A.P.P. confeccionadas em tecido. A Torcida Jovem, recebeu um total de 50 bandeiras, destacando-se na promoção. A Rádio Educadora de Campinas promoveu de 1977 ao fim da década, uma gincana entra torcidas realizada nos "Dérbis" e a Torcida Jovem, sagrou Tri-Campeã. O extinto Jornal Hoje, também lançou um concurso, para eleger o torcedor símbolo dos clubes da cidade, a Torcida Jovem lançou a candidatura de Donana, a 1ª sócia da torcida, e que foi eleita por unanimidade pela coletividade pontepretana, Donana carrega nosso respeito eterno pela sua contribuição e amor a Ponte e a Torcida Jovem. Este final de década também foi marcado para a torcida, com a criação de uma facção feminina, exclusiva no país até o momento, denominada "Ponteras", comandada por Luiza, Dalva e Dulce. O compositor Sr. Renato Silva ‘’in memorian’’, homenageou a Ponte Preta em um hino especialmente elaborado para a Torcida Jovem, este hino ganhou força nas arquibancadas dos estádios onde a A.A.P.P. realizava suas partidas, e sempre com a presença da Torcida que cantava o hino com todo fervor. Com isso, o então presidente Sr. Lauro Moraes Filho, solicitou formalmente à Torcida Jovem em 1979, que o hino passasse a ser oficial da A.A.P.P., o qual é até os dias de hoje. Década de 80 - Superação e Amor a Ponte Preta No ínicio da década, a Torcida Jovem sofreu com vários danos (particulares e políticos), e por pouco não acarretou em sua extinção, porém, alguns integrantes tiveram um trabalho imenso e não deixaram que essa enorme e fanática torcida acabasse. Louvor aos senhores e senhoras: Beira, Marcão, Laércio, Maurício, Aderbal, Carlos Alberto, Xandão, Clayr, Donana, Dalva, Luiza, Vani, Luisinho etc. Em 1987, muito bem estruturada, a Torcida Jovem volta com força total para exercer suas funções políticas e as festas nas arquibancadas, a torcida confecciona a Maior Bandeira de uma Torcida Organizada do país na época, medindo 30x30 metros quadrados, um pioneirismo, mais uma vez copiado pelas demais torcidas organizadas. Em 1989, a Torcida Jovem, junto com conselheiros e empresários tomaram a frente Pontepretana, visando levar a A.A.P.P. de volta a 1º divisão, levando a grande massa pontepretana em todos os jogos do campeonato com média de 1.000 torcedores nas partidas fora da cidade, as invasões durante este ano ficaram famosas pelo interior de São Paulo e com destaque da grande mídia da Capital. No 2º semestre de 1989, após o acesso no Paulistão, a A.A.P.P. disputa o Campeonato Brasileiro da 2º divisão e a Torcida Jovem não mediu esforços para acompanhar seu clube, e mesmo com 2 partidas a menos que o Náutico e com 1 saldo de gols a menos apenas, não consegue subir e a decisão vai parar no Tribunal da CBF. A Torcida Jovem se faz presente ao julgamento reivindicando os direitos da A.A.P.P. 1990 a 1996 - Má gestão do futebol não afeta a torcida Mesmo após o acesso de 1989, a Ponte Preta não consegue se firmar na 1ª divisão e vê até seu patrimônio ameaçado com inúmeras dívidas feitas pelos péssimos gestores que passaram neste período, a Torcida Jovem continua com o seu Amor Maior à gloriosa A.A.P.P., participando de vários processos políticos no clube, enfrentando de forma corajosa uma das piores fases da Ponte Preta, nunca deixando de comparecer aos jogos e sempre buscando através de seus integrantes melhorias para a Ponte Preta.Finalmente em 1996, um novo presidente assume a Ponte Preta, Sérgio Carnielli, que com um projeto de resgate das raízes e de organização financeira começa a reerguer a equipe mais antiga do Brasil. 1997 - Um marco de mudança e crescimento A Torcida Jovem teve presença marcante no campeonato Brasileiro da 2º divisão de 97, acompanhando todos os jogos que foram realizados não temendo distâncias, sempre levando o incentivo a A.A.P.P., que após 11 anos de espera voltou à elite do futebol brasileiro, com uma campanha maravilhosa, tendo média de público nos jogos em casa de 11 mil pessoas, superando neste mesmo ano as médias dos 4 clubes considerados "grandes" da capital. Em 1999, a Torcida Jovem se consolida novamente como a Maior Torcida Organizada da Ponte Preta, neste mesmo ano a Ponte Preta obtém o acesso a 1ª divisão do Campeonato Paulista. 2000 - O novo milênio para a TJP A Torcida Jovem é considerada a Maior Torcida Organizada do Interior do Brasil, pesquisas revelam a maioria da torcida pontepretana na cidade e na região metropolitana, e dentro de campo a Ponte Preta é eleita a melhor equipe do Interior de São Paulo em 2000 ganhando o troféu Brasil 500 anos da FPF e Rei do Interior, compartilhado com toda a nação pontepretana. Em 2008 a Ponte chega à final do Paulistão e pela 4ª vez é vice-campeã, a torcida pontepretana é homenageada pela FPF com o título de maior torcida do interior, com média de 9 mil pessoas por jogo e recebe um prêmio em dinheiro entregue a diretoria da Ponte Preta. O novo milênio é marcado pela organização da Torcida Jovem e também pelo 1º título de 1ª divisão da Ponte Preta, o Título do Interior da FPF em 2009, a imprensa da capital se rende a maior torcida do interior do Brasil, com uma invasão à Barueri, os 2 mil pontepretanos que lá estiveram consolidaram a força da torcida pontepretana, não deixando dúvidas de quem é a maior torcida do interior do Brasil. E 2009 também foi marcado pela grande festa da Torcida Jovem, pelos seus 40 anos de existência, com a presença da sambista Leci Brandão entre outros artistas, toda coletividade recebeu uma grande festa para homenagear esta data tão importante e que ficou marcada na história. Em 2012 o trabalho não pára, buscando uma melhor estrutura e organização a diretoria da torcida está se dedicando muito e conta com o apoio cada vez maior da torcida pontepretana para continuar fazendo um bom trabalho em prol da maior razão de nossa vida, a Associação Atlética Ponte Preta.

http://www.organizadasbrasil.com/torcida/TORCIDA-JOVEM-AMOR-MAIOR-100.html